quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Nem ideia

Faltam quatro dias para o natal e eu não faço ideia do que quero. Isso já aconteceu alguma vez com vocês? Claro que sim, comigo também. Muitas vezes, isso é um problema, não fazer ideia do que se quer, estar perdido diante de vários caminhos, mas não nesse caso. Eu não faço ideia do que quero por estar contente com o que tenho atualmente. Não há nada que seja realmente necessário e que não possa esperar um pouco.

Quantas vezes nos sentimos assim durante a vida? Acredito que por isso, e mais alguns outros acontecimentos, 2011 foi um ano bem positivo, mas a preguiça de fazer uma retrospectiva detalhada me toma, então esse post de "fim de ano" fica por aqui.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Quase morro de susto hoje de madrugada

Quando eu era pequeno, aprendi no colégio que o que nos diferenciava dos animais, basicamente, era a habilidade de nos comunicarmos, e o que nos diferenciava de culturas mais inferiores era ler e escrever. Hoje em dia, depois de tanto ler (e de uma leve reformulação na grade de conteúdos - e na forma como eles são ensinados - dos colégios) eu sei que a coisa não é bem assim, havia algumas civilizações que, mesmo avançadas, não sabiam ler nem escrever.

Apesar disso, eu demorei algum tempo até começar a ter gosto verdadeiro pela leitura. Lá pelos meus doze ou treze anos foi que a coisa começou a mudar um pouco. Não lembro de quem eu tinha pego emprestado, mas li o primeiro livro da saga Harry Potter (que eu não terminei de ver nos cinemas ainda) e acabei descobrindo como um livro bem escrito consegue prender a nossa atenção e nos levar naquela viagem mágica cheia de mimimis e blablablas que tentam forçar na cabeça das crianças pra ver se elas começam a ler (se esse tempo e esforço fossem dedicados a indicações de livros interessantes para a faixa etária, teríamos bem mais leitores por aí). 

Desde então, não parei mais, quando eu pego algum livro bom, não faço mais nada até terminá-lo, só que eu tenho o costume de guardá-los depois, assim como outros bens materiais que são importantes para mim. E é aí que a nossa história começa de verdade. Ontem de madrugada, eu estava bem feliz e distraído conversando no MSN no notebook quando a porta do meu livreiro abriu e um livro caiu. Seguido dele, todos vieram abaixo. Eu tomei um cagaço com aquilo, fiquei pensando "puta que pariu, o que vai sair dali de dentro agora, um fantasma?". Levantei para ver o que tinha acontecido e não tinham sido todos os livros que tinham caído, só os do andar de cima, que estava sobrecarregado e quebrou.

Depois de arrumá-los todos numa pilha do lado do computador, resolvi contar e descobri que tinha 60 livros no mesmo andar da prateleira. Não é a toa que a coitada não aguentou. Dentre eles, tem vários romances históricos, alguns livros da faculdade, livros de história, sociologia mesmo e alguns clássicos da humanidade. Tem vários que eu não li ainda (outro problema é comprar livros mais rapidamente do que eu consigo ler...), mas aí olha o resultado pós desastre:

Fantasma o caraio, era o peso do conhecimento mesmo

Quando eu era mais novo, tinha me ensinado que o que nos tornava "superiores" a outros povos era que tínhamos desenvolvido a escrita e a leitura. É feio e bobo dizer isso hoje em dia, mas se tem uma coisa que pode nos tornar (desculpem a falta duma palavra melhor, eu também odeio essa) diferenciados em relação às outras pessoas é o que nós lemos e, principalmente, como aproveitamos o que lemos para as nossas vidas. Dito isso, só tenho um pequeno problema: preciso agora dum livro de carpintaria pra aprender como consertar essa porcaria de livreiro que quebrou.

E o andar de baixo está ficando perigosamente carregado também...

sábado, 16 de julho de 2011

Como Darien manchou sua armadura

Historinha nova por aqui, fazia tempo que eu não escrevia algo com inicio, meio e fim. A história é curta, tem 6 páginas e talvez tenha uma continuação mais para a frente. Ou talvez eu altere ela completamente e poste aqui de novo, não sei. Enfim, divirtam-se e comentem o que acharam nos comentários (e por favor, relevem os erros de digitação, mesmo relendo ela agora, eu vou deixar passar alguma coisa).

Link para ler ou baixar: aqui.

PS: se alguém quiser fazer uma ilustração pra história, fico muito agradecido =D

sábado, 9 de julho de 2011

FEE - Parte 2

Agora que eu já tô há duas semanas na FEE, eu sei o que eu faço, maravilha, não? Então, eu tava devendo um post sobre isso... Antes de mais nada uma rápida explicação sobre o que é a Fundação de Economia e Estatística Siegfried Emanuel Heuser.

A FEE é uma Fundação de Economia e Estatística do Estado que publica uma série de índices sobre a economia do Rio Grande do Sul (como PIB, inflação, etc) além de ter uma revista de economia e outros projetos, a maioria voltado para a economia do RS. Bom, esse não é o caso de um único núcleo lá dentro, o que eu estou trabalhando, o NEPE, Núcleo de Política Econômica,

O NEPE trata mais de política econômica brasileira e como o Brasil se insere no mundo, mas sem deixar de também tentar inserir o RS nisso tudo, e quem coordena o meu trabalho lá é Fernando Lara. Diferente de outros chefes, eles além de pedirem as tarefas normais de estagiário (tipo gravar CD, levar coisas pro Xerox etc), o Fernando tem me passado uma série de artigos sobre política econômica e assuntos afins (a maioria dentro do campo da Macroeconomia mesmo) pra ler, e como o trabalho "de estagiário" é bem pouco, o que eu mais tenho feito dentro da FEE é ler. Acho que nessas duas semanas eu li mais do que o semestre todo, e isso tem sido bom pra caramba.

A melhor parte é que eu acho o campo de macroeconomia mais interessante mesmo (pros leigos, tem a microeconomia e a macroeconomia, a microeconomia estuda as decisões individuais de pessoas e firmas, já a macroeconomia estuda o comportamento da economia como um todo, tipo de um setor todo, como o calçadista, ou que tipo de política econômica tu poderia fazer pra frear a inflação, por exemplo). Além das leituras, toda semana tem discussão sobre um artigo com ele e o resto do pessoal do núcleo, sendo eu (pelo menos atualmente) o único estagiário que tem participado disso.

Além disso, o chefinho disse que no futuro, caso eu me sinta "seguro" (e caso eu tenha vontade também, ele disse que eu faço isso se quiser, senão posso passar o dia coçando na frente do Facebook e do Twitter, mas que isso seria um desperdício), eu poderia escrever alguma coisa e não só ficar lendo, não necessariamente artigo pra periódico, mas pro blog do núcleo, ou sei lá eu pra que fim.

Enfim, é uma oportunidade única, se o ritmo de 3 ou 4 artigos por semana continuar, em um mês eu vou ter lido mais do que durante a graduação toda até agora, fora uns livros que eu andei pegando pra ler de economia mesmo e que podem ser lidos durante o expediente. É mais ou menos isso que os chefes fazem (a carga de trabalho "obrigatório" da FEE é bem leve, o resto do tempo é pra pesquisa mesmo e tal) com um salário 10x menor, hehe.

Bom, chega de tanta economia por aqui, divirtam-se falando que ela é uma ciência chata nos comentários, ou não.

sábado, 2 de julho de 2011

Duas semanas depois

Eu já devia ter feito algum post aqui depois dos últimos, mas as coisas andaram meio apertadas na faculdade e não sobrou tempo. Bom, como todo mundo já deve ter visto, eu comprei um iPad faz duas semanas. Ainda pretendo escrever um texto um pouco mais longo sobre como anda o convívio com ele, mas pra resumir em uma frase, é legal pra caramba e uma experiência bem diferente do normal.

Fora isso, também estou na segunda semana de estágio. Minhas funções nele são meio diferentes do estágio normal. Além das tarefas de estagiário (coleta dados, tira xerox, etc), uma das coisas que eu tenho que fazer é me inteirar do trabalho dos meus chefes. Ou seja, eu tô sendo pago pra aprender sobre política econômica do Brasil e do mundo, em vez de só ficar no facebook enquanto não tem nada para fazer.

Eu acho que acabei dando sorte, pois os outros núcleos da FEE não são bem assim com os estagiários, claro que eles também aprendem com o trabalho lá, mas não sei de nenhum outro que tenha que ler os trabalhos dos chefes e participar das reuniões de discussão e palestras, e por mais trabalhoso (e doloroso em alguns textos) que seja, isso vai ser ótimo no longo prazo, pois eles tão me dando coisas para ler que a gente raramente pega durante a graduação.

Fora isso, outras coisas que andaram acontecendo foram o @invernodadepre, que é um sucesso :P e comecei a ler a "heptologia" do Game of Thrones. Ainda não deu tempo de sentar e ler bastante pois faltam 3 cadeiras pra entrar de férias, mas durante elas vai sobrar tempo para isso.

domingo, 12 de junho de 2011

Sexo fácil

Hoje eu li num blog que a única vantagem de namorar era o sexo fácil. Porra, que grande babaquice, desde quando é fácil ter que lidar com outra pessoa, com suas qualidades e defeitos, com seus amigos, família, com a incerteza de se ela vai responder "sim" pro "quer namorar comigo?" e com uma grande infinidade de cosias pra chegar nessa fase do "sexo fácil"? É muito mais fácil levantar a bunda da cadeira e ir numa festa qualquer pra pegar a primeira mina bêbada e decente que aparecer pela frente.

Pra chegar nesse estágio do sexo fácil, tu precisa investir muita dor de cabeça, pois não basta só a tua parte, tem a dela também, tem a convivência dos dois com eles mesmos, com as famílias, etc. Ok, se você mora sozinho e tem um "matadouro próprio", as coisas simplificam nessa parte, mas ainda assim, exige muito mais dor de cabeça, tempo E dinheiro (se você liga pra isso) do que a alternativa "solteira".

Mas então tu tá dizendo que toda essa "dor de cabeça" não vale a pena? Claro que vale, eu não disse isso em nenhum momento, só disse que se tu quer sexo fácil, vai comer a primeira que te der mole, um relacionamento de verdade tem muito mais do que só isso. Ah é, tem o que então? Tem lidar com a outra pessoa, lidar com a ansiedade, com os programas familiares, com as viagens, com as loucuras do parceiro e o passado dela. Não é fácil, mas traz uma série de coisas que tu não encontra naquela trepada do fim de semana.

Só não faça isso, pelo amor de Jesuis

Namorar com alguém tá mais pra encontrar aquela pessoa com gostos em comum, que tu gosta de ficar perto por bastante tempo, de fazer ela rir com aquela piada sem graça que ninguém mais riria e que, bem ou mal, uma hora vai te fazer chorar, é bom já se acostumar com isso. Enfim, namorar é encontrar alguém pra dividir coisas, pra se dividir.

Uma coisa que eu acho interessante que algumas pessoas dizem é que a gente não pode depender de outra pessoa pra ser feliz. Errado, se tu está num relacionamento, bem ou mal tua felicidade está condicionada à outra pessoa. Não é no nível "vou me matar se ela terminar comigo", mas pense só, pessoa autossuficiente, se o seu namorado/a terminasse com você agora por nenhum motivo aparente, como você ficaria? Ia mesmo levantar a cabeça e dizer que você é mais você e foda-se ele? Aposto um braço que não.

Mas e o sexo? Claro, ele é parte fundamental da relação, é muito mais fácil dar prazer pra alguém que tu saiba o que gosta, e você provavelmente vai fazer bem mais sexo com a namorada do que se você fosse sair por aí comendo o mundo (a menos que você seja milionário ou Charlie Sheen), mas sejamos francos, a qualidade do sexo varia conforme a qualidade do relacionamento e, até onde eu sei, quantidade nunca venceu a qualidade.

Enfim, é claro que tem gente que prefere ficar sozinha e parabéns pra essas pessoas, eu não quero que elas mudem ou se comovam pelo que eu escrevi aqui, também não estou tentando pintar o relacionamento perfeito, só que eu não sou como elas, eu acredito que um dia eu vá encontrar alguém que vá me fazer pensar "é ela" e, se tudo der certo, vamos ficar juntos, mas se tu realmente acha que a única vantagem do namoro é o sexo fácil, você está redondamente enganado.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

FEE

Senhoras e senhores que me lêem aqui, fui selecionado como o mais novo (e único hueahue) estagiário da Núcleo de Política Externa da Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul! \o/\o/\o/. Sim, finalmente um estágio de verdade onde eu possa botar (pelo menos um pouco) o que eu aprendi (ou deveria ter aprendido) em aula... Chega de mexer com Moodle, Wordpress e essas coisas, agora só pro Kowabanga mesmo.


Aqui que eu vou trabalhar, ó!

"Tá, muito legal, e o que tu vai fazer lá?". Boa pergunta, hehe, diferente do resto da FEE, o Núcleo de Política Externa trabalha mais com "como o mundo está agora e porque ele está agora" do que com o Rio Grande do Sul, sua economia etc. Até há a inserção do RS nisso tudo, mas o foco principal dessa sessão é política externa mesmo. Me informaram que as minhas funções seriam mais pesquisar material para os relatórios (ou seja, ler uma porrada de jornais, revistas e afins), mexer com um pouco de excel, e alguma coisinha de macroeconomia (a parte da economia que cuida de política econômica, agregados econômicos e afins, basicamente o que tu costuma ver no Jornal Nacional). Ou seja, eu vou ser pago pra me informar do mundo, estudar e aprender economia de verdadinha.

E o que tudo isso significa? Essa é provavelemente minha última tarde de moleza em casa por um bom tempo, hehe. Aproveitei ela pra terminar uma das malditas duas resenhas que eu tinha pra fazer, mas ficou uma porcaria. Eu dei um ligeirão nela usando uma técnica muito credita de leitura dinâmica: eu lia a primeira frase do parágrafo, se era importante, seguia até a terceira, senão, pulava pro próximo. Não cheguei às dez páginas mínimas que o professor pediu, mas não tem como fazer uma crítica de 10 páginas a um livro que se resume a duas palavras: FUCKING BORING.

Enfim, resolvi postar aqui pra contar a novidade pro povo. Semana que vem ou na próxima eu faço outra postagem sobre como é a vida dentro da FEE e contando direito o que eu tenho feito.  Não sei se esse vai ser o próximo post do blog, espero que não, mas até lá.